sexta-feira, 12 de março de 2010

Alternativa Sustentável gera água potável.



Há seis anos, o governo federal, junto a estados e parceiros privados, criou o Programa Água Doce para prover fontes alternativas de abastecimento para a população do semi-árido.


Funciona assim: os rejeitos da dessalinização, que são o sal e demais componentes do solo, não são despejados na terra, o que prejudicaria as suas condições e fertilidade. Eles seguem para tanques onde são criados espécies de peixes como a tilápia. Depois de três meses, a água dos tanques enriquecida de nutrientes orgânicos (excrementos e restos de ração) é usada para adubação da erva-sal, uma planta que aceita altas doses de sal e serve de alimento para galinhas, caprinos e ovinos. Os animais são consumidos ou comercializados pela comunidade.

Apesar de o projeto já ter completado seis anos, até agora existem apenas seis das 22 unidades previstas inicialmente. Até o final de 2010, a meta é implantar outras 11. A coordenação do programa afirma que a execução não é fácil, tampouco rápida. Há restrições técnicas como a profundidade do solo – que em muitas localidades não chega a um metro –, a vazão do poço, a qualidade química da água e também a disponibilidade legal do terreno para ser implantado o sistema produtivo de forma cooperativada.

O esforço da coordenação do projeto agora está em mapear as iniciativas já realizadas nos estados e criar uma política pública. “Está na hora de termos uma ação permanente e não ações permanentemente emergenciais”, afirma Renato Ferreira, coordenador nacional do Programa de Água Doce da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente.

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